Rua de Vila Nova 315, 4100-504 Porto
[email protected]+351 22 375 6655
Rua de Vila Nova 315, 4100-504 Porto
[email protected]+351 22 375 6655
Av. Porto de Pesca, Lote 1B, Fração E, 2520- 208 Peniche
[email protected]+351 262 781 707 ou +351 936 027 603
Alameda Jean Piaget nº 100, 4411-801 Vila Nova de Gaia
[email protected]+351 22 753 1106 ou +351 910 197 297
Av. D. Leonor de Oliveira Fernandes, 91 R/C, 7005-144 Évora
[email protected]+351 26 678 5018
Rua Monsenhor Henrique Ferreira da Silva, 9, 8005-137 Faro
[email protected]+351 28 986 3300
Rua Júlio Dinis, 764, 6.º Esq frt, 4050-012 Porto
[email protected]+351 22 200 8377
Rua José Inácio de Andrade, Loja 2 A6 - 10 B, Quinta do Lavrado, 1900- 418 Lisboa
+351 21 847 0218 ou +351 919 559 503
Rua Cidade Guanaré, 8500-507 Portimão
+351 28 272 7400
Largo José Luís Champalimaud 4, 1600-110 Lisboa
[email protected]+351 910 994 369 ou +251 21 595 8293
Bairro Quinta Cabrinha, 3 – E/F, 1300-906 Lisboa
[email protected]+351 21 096 7826
Rua de São Paulo, n.º 216, 1.º A/B, 1200-429, Lisboa
[email protected]+351 21 342 2976
Terreiro da Erva, Quintal do Prior, 7 a 11, 3000-339 Coimbra
[email protected]+351 23 985 5170 ou +351 962 329 869
Av. Joaquim Oliveira e Silva, 179 A, apartado 205 EC, 3886-909 Esmoriz
+351 25 675 2301
Rua da Torrinha, 254 D, 4050-610 Porto
[email protected]+351 912 444 300
Praça Rainha D. Leonor, 3810 - 0 - Aveiro
+351 23 489 1170
Rua Rainha D. Amélia n.º 4, 7800 - 462 - Beja
+351 28 431 0210 ou +351 966 483 669
Praceta do Vilar - S. Vitor, 4710 - 453 - Braga
[email protected]+351 25 320 8260
Rua Eng.º Adelino Amaro da Costa, 5300 - 146 - Bragança
+351 27 330 2420
Av. António Sérgio, nº 10, 6000 - 152 - Castelo Branco
+351 27 234 0290
Travessa do Monte do Carmo - Príncipe Real, 2120 - 277 - Lisboa
[email protected]+351 910 693 158
Av. Bissaya Barreto, Edif BCG, 3000 - 076 - Coimbra
[email protected]+351 23 948 7400
Edifício do Patrocínio - Zona Verde - Gabinete 26, Hospital do Espírito Santo, E.P.E., Avenida Infante D. Henrique, 7005 - 169 - Évora
[email protected]+351 26 674 0100 ou +351 926 976 973
Rua Brites de Almeida, nº6 - 3ºesq, 8000 - 234 - Faro
+351 28 981 2528 ou +351 28 980 5363
Rua de São Ciro, nº 36, 1200 - 831 - Lisboa
+351 21 393 0151 ou +351 21 393 0152
Rua General Norton de Matos, 2410 - 272 - Leiria
+351 24 481 6483
Rua da Constituição, nº 1656, 4250 - 169 - Porto
+351 22 041 2250
Rua de Damão nº 1 - 4º Piso, 2900 - 588 - Setúbal
[email protected]+351 26 553 1213 ou +351 26 553 1215
Rua José Espregueira, n.º 96, 4904 - 871 - Viana do Castelo
+351 25 880 9484
Av. Dr. António José de Almeida, 3514 - 511 - Viseu
[email protected]+351 23 241 9923
Rua Coração de Jesus, 80, 4500-450 Paramos
[email protected]+351 22 732 090 ou +351 969 842 614
Avenida Fernão de Magalhães, n.º 620, 3.º andar, 3000-174 Coimbra
+351 23 984 2131 ou +351 912 112 878
Avenida Emídio Navarro, n.º 81 - 2.º A, 3000-151 Coimbra
[email protected]+351 965 592 651 ou +351 23 983 7033
R. Margaceira 152B, 2645-324 Alcabideche
+351 21 460 8543
R. Costa Pinto 180-A, 2645-185 Alcabideche
+351 21 481 2850
Estr. Alvide 28, 2755-030 Alcabideche
+351 21 484 9041
R. Dia Mundial da Criança 116A, 2785-760 São Domingos de Rana
+351 21 452 4522
Vivenda Hortense R/C, 2750-440, R. Conde Monte Real, 2750-277 Cascais
+351 21 483 2407
Largo Cidade de Vitória 7, 2754-510 Cascais
+351 21 482 6200
Estrada Nacional 249-4, nº10, 2785-574 São Domingos de Rana
+351 21 444 6723
R. Carlos Anjos 694-D, 2645-175, 2645-175 Alcabideche
+351 21 468 2313
Urbanização das Areias, Lote 12, cave Dta. São João do Estoril, 2765-067
+351 21 466 5834
R. Luanda 852-B, 2775-232 Parede
+351 21 458 8060
4, Estrada Nacional 249, 2785-591 São Domingos de Rana
+351 21 444 7430
Av. da República 1425, 2775-292 Parede
+351 910 338 753
Av. Amália Rodrigues 3, 2785-280 São Domingos de Rana
+351 21 453 2278
R. Comércio 91, 2785-555 São Domingos de Rana
+351 21 453 5522
Centro Comercial Riviera, Lojas 49, R. Bartolomeu Dias 52, 2775-551 Carcavelos
+351 21 467 0782
Praça da Carreira 29, 2765-224 Estoril
+351 21 468 1186
Av. República 2366 Loja C, 2645-143 Alcabideche
+351 21 483 0214
R. Birre 503 A, 2715-311 Cascais
+351 21 487 2121
Av. Nossa Sra. Rosario 1212, 2750-179 Cascais
+351 21 483 9330
Av. Dom Nuno Álvares Pereira, 2765-260 Estoril
+351 21 467 8870
R. Afonso de Albuquerque, 2775-371 Carcavelos
+351 21 454 8400
Rua da Sociedade Musical Capricho Setubalense, n.º 32, 2900-643 Setúbal
+351 26 523 5525
Praça António Sardinha, 9 – 1.º, 1170-028 Lisboa
+351 21 354 0000
Rua da Bandeira, 342, 4900-561 Viana do Castelo
[email protected]+351 25 882 9138
Travessa Monte do Carmo, n.º2, 1200-277 Lisboa (Príncipe Real)
[email protected]+351 910 693 158
Rua Antero de Quental, 8 A, 1150-043 Lisboa
[email protected]+351 919 613 092
Av. Brigadeiro Victor Novais Gonçalves, 2755-009 Alcabideche, Portugal
+351 21 465 3000
Rua Dr. Luís Silveira Charters Azevedo, L3, 2.º andar (Q. S. Bartolomeu), 2410-022 Leiria
[email protected]+351 24 402 8052 ou +351 910 829 160
Rua da República, n.º 119, 7000-565 Évora
+351 26 673 7300
+351 911 500 074
Praça Carlos Fabião, 3 A, 1600-316 Lisboa ou Rua Julião Borba, 2620-101 Odivelas
[email protected]+351 21 938 2548
Unidade Móvel de Saúde
[email protected]+351 937 157 270
Av. de Ceuta (Sul), lote 4, loja 1, 1300-125 Lisboa
[email protected]+351 964 444 261
Rua dos Mercadores, 140, 1.º e 3.º, 4050-374 Porto
[email protected]+351 22 903 9064 ou +351 939 509 680
Avenida de Ceuta (Sul), Lote 4 – Loja 1, 1300-125 Lisboa
[email protected]+351 933 937 185 e +351 960 173 230 ou +351 933 937 178
Rua de Vila Nova S/N (traseiras H. Magalhães de Lemos), 4100-501 Porto
[email protected]+351 22 616 0750 ou +351 961 133 157
Av. 1º de Maio, 108, 2430-210 Marinha Grande
[email protected]+351 24 456 7117 ou +351 926 582 880
+351 22 903 9064 ou +351 968 702 49
Rua André Homem, Ed. Ser+, n.º 60, 2750-783 Cascais
[email protected]+351 21 481 4130 ou +351 910 905 974
Digo, pelo menos, pois não tenho a noção de qual foi o momento em que me infetei, mas faço as contas…
O teste que realizei, em 1995, deu negativo. Recebi o diagnóstico, em 1996, no Centro de Saúde da Lapa – onde se fazem testes gratuitos e confidenciais –, antes de entrar para mais um centro de tratamento, devido ao consumo de drogas e álcool. Foi no ano de nascimento do meu filho mais velho, que faz agora 24 anos.
Foi um momento muito duro, no entanto, naquela altura, deu muito jeito para continuar a consumir por mais cinco ou seis anos. Quando recebi o diagnóstico fui ter com a minha terapeuta. Chorei, culpei-me, não sabia como viver dali para a frente ou sequer se havia mais vida, pensei que iria morrer rápido e que tinha assinado a minha sentença de morte. Continuei a usar drogas e não ia ao médico! Desconhecia a doença. Ouvia falar, mas tinha relações desprotegidas e usava as seringas de quem calhava, por isso, hoje vejo e sinto de maneira muito diferente.
No dia seguinte ao meu diagnóstico, contei ao meu pai. Estava cheio de medo que me rejeitasse…. Trabalhávamos juntos – ainda hoje trabalhamos – e sempre me deu a mão. Golpe terrível para ele, hoje sei bem do que falo, pois tenho quatro filhos.
Em 2001, parei com os meus consumos, depois de 18 anos de tentativas falhadas e muita frustração. Finalmente, comecei a achar que, se calhar, ainda seria possível viver, recuperar o tempo perdido. E comecei a tratar de mim. Procurei toda a informação disponível sobre o VIH, recorri à SER+ desde a sua fundação – fui dos primeiros utentes –, fiz formações e frequentei as reuniões do GAT – Grupo de Ativistas em Tratamentos, onde vou sempre que posso.
Comecei, também, a ir às consultas, regularmente, e a tomar a medicação certinha. Recorri a todo o tipo de apoio possível e imaginário, e falava de mim, do meu VIH e do que sentia. Para mim, é bom verbalizar, ajuda-me a tomar consciência da minha condição e a aproximar-me da realidade e aceitar.
Nos últimos sete anos, tenho carga viral indetetável, ou seja, a quantidade de vírus no sangue não se consegue calcular pois é muito baixa. E as minhas células CD4 [as mais importantes do sistema imunitário] estão perto dos mil, o que é mesmo muito bom.
Sou casado… A minha mulher não é seropositiva, sabe desde sempre da minha condição, e sabe tanto quanto eu sobre o VIH e as suas formas de contágio.
Neste momento, só me lembro que sou seropositivo quando alguém me pede algum tipo de apoio ou quando tomo a minha medicação, à noite.
Tive mais três filhos todos saudáveis, o último fez agora nove meses.
Tenho uma vida perfeitamente normal, igual à de toda a gente. Tenho a minha empresa e vou todos os dias ao ginásio. Apenas senti a vida a fugir, mas veio parar-me, de novo, às mãos. Eu também tenho as mãos bem estendidas, senão talvez não a agarrasse.
Não tenho problema nenhum em falar sobre o facto de ser seropositivo, penso até que pode ser útil. Faz-me bem! Nunca mais me vou esquecer do que alguém me disse, quando lhe contei o meu diagnóstico: “Pois é, passaste a vida a ser um egoísta, sem pensar em nada, nem em ninguém, e agora vais ter que começar a preocupar-te”. Quando se está a consumir é isso mesmo que acontece, mas, depois de parar, já não faz sentido, há que mudar. E foi isso que comecei a fazer e continuo.
Se não me exponho mais, não é por mim, pois não tenho nenhum problema. É pelos meus filhos, pela minha mulher, pelo meu pai, pelos meus clientes, enfim, por ter medo que eles venham a ser prejudicados por algo que não tem justificação para tal. Infelizmente, isso acontece…
Sei de muitas pessoas rejeitadas pela própria família ou cujos filhos não foram aceites numa escola, entre outros tipos de discriminação. A mim nunca me aconteceu até hoje.
Para terminar, gostaria de agradecer por tudo o que a vida me tem trazido de bom e de mau, e quando digo tudo, é mesmo tudo! Tenho outra perspetiva das coisas e faço as minhas escolhas pela valorização que lhes dou. Felizmente, ao meu lado têm estado pessoas maravilhosas que me apoiam e se orgulham do meu caminho.
Obrigado
Este fardo chamado VIH no passado era algo muito pesado para mim, por conta de inúmeras mudanças que ele me impôs. Tinha de viver com o meu próprio preconceito, com o medo de morrer, com o medo do meu casamento terminar e com medo de que as pessoas descobrissem!
Não foi nada fácil!
O estigma começa muitas vezes em nós próprios e isso impede-nos até de fazer o teste. Quando se fala em estigma é geralmente em relação ao comportamento dos outros para connosco, mas muitas vezes o estigma está em nós, no próprio doente, que não aceita a sua doença, mesmo quando existe informação médica e provas científicas e fica paralisado face à sociedade e aos ambientes que frequenta a nível social, familiar, laboral, etc…
Eu não só era portador do VIH como era portador do estigma! Hoje sou só portador de VIH e só me lembro disso duas vezes por ano, quando vou à consulta. Em 2009, quando estava na cama de um hospital, fui obrigado a decidir se queria viver ou morrer…
Decidi viver!
Isto levou-me a mudar a minha atitude face à doença, tive de me adaptar à realidade e aceitá-la, deixei de lutar contra ela. Passei a cuidar dela, em vez de me lamentar e me sentir uma vítima. A única forma de vencer o estigma foi aceitar a doença sem medo do preconceito e confiar na medicina… E ainda bem que o fiz, pois hoje sou feliz!
Sou um privilegiado face a outros portadores, no meu trabalho não tenho de esconder o meu problema de saúde.
Não me recordo de um momento em que tivessem tido uma conversa específica comigo, mas ao longo do tempo fui-me apercebendo de que tinha uma doença, devido às minhas idas a consultas de três em três meses. Comecei a notar na escola que as minhas colegas não iam com esta frequência ao médico, como eu ia.
Quando ia às consultas, a minha médica perguntava-me sempre se eu tinha dúvidas e ela ia esclarecendo, portanto fui-me apercebendo da minha situação, sendo que o VIH sempre fez parte de mim. Lembro-me de frequentar uma colónia de férias para crianças e adolescentes com VIH, na qual falávamos sobre a doença, tínhamos sessões de esclarecimento com médicos e psicólogos, e fazíamos inclusive peças de teatro, através das quais, por exemplo, fiquei a saber o que são os CD4. Entre nós, também partilhávamos experiências de vida.
Frequentei esta colónia dos sete até aos 16 anos. Aceito a minha doença, mas revolto-me algumas vezes, nomeadamente quando me relaciono com alguém, de forma mais íntima. A primeira vez que senti discriminação foi há cerca de dois anos, quando contei a um namorado que tinha VIH, pois achei que deveria dizê-lo antes de nos envolvermos.
Ele reagiu mal, dizendo que não queria avançar, pois tinha medo de apanhar a doença. Entrei em pânico e chorei muito, estava profundamente magoada. Tentei explicar-lhe, mas não mudou de ideias. Desse dia em diante não falámos mais, nunca mais o procurei, nem ele a mim.
Nessa altura fiquei frustrada, senti muita raiva, não percebia o porquê de passar por aquela situação, e sobretudo não compreendi como é possível as pessoas não estarem mais informadas sobre o VIH. Senti-me rejeitada.
Questionei-me muito sobre a razão desta situação me acontecer a mim, e pensei muitas vezes no porquê de não conseguir ser feliz. Os outros ao meu redor a terem relações normais e eu tinha que sofrer para o conseguir. Naquela altura, achei que mais ninguém me iria querer, mas hoje acredito que não é o VIH que me vai impedir de procurar e encontrar a minha felicidade.
Já não me deixo influenciar tanto por este medo de ser discriminada. Ainda sinto alguma discriminação e medo de algumas situações, e também algum receio, relativamente ao futuro. Imaginando-me daqui a 10 anos… Estarei a viajar, estarei livre. Irei fazer de tudo para ser independente e ter a minha casa. Apesar do meu receio face ao futuro, quero muito ser independente, ter o meu emprego e um dia ter uma família.
Não desistirei dos meus objetivos.
Tenho tido um bom acompanhamento por parte da AJPAS, acompanhamento este que me permite falar e tirar dúvidas. Sempre demonstraram preocupação com o meu bem-estar. Com o acompanhamento ao nível psicológico, sinto que as coisas estão a melhorar e que conseguirei ultrapassar os meus receios.
Estás a sair de pensapositivo.pt e a entrar num website que não é gerido e controlado pela Gilead Sciences, logo não seremos responsáveis pelas tuas interações e informações que o mesmo te apresenta.